Quem sou eu

Minha foto
Uma mulher com a felicidade de ter Jesus no coração e um profundo desejo de servi-lo da forma que Ele mais quer, que é amando meu próximo como a mim mesma. Este é o meu chamado: AMAR e SERVIR! Com a graça de Deus e Sua infinita misericórdia, conseguirei seguir adiante e cada dia mais deixar que Jesus vá me direcionando para onde é de Sua vontade. SEJAM BEM-VINDOS!!
"E tudo quanto fizerdes, fazei-o de coração, como ao Senhor, e não aos homens, sabendo que do Senhor recebereis como recompensa a herança." (Colossenses 3:23, 24)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Uma triste realidade! Até quando?

Paz queridos amigos!

Hoje, pela manhã fiz um exame vestibular e, o texto para interpretação foi este abaixo.
Achei muito forte e verdadeiro. Infelizmente é a realidade que o nosso país vive hoje.
Crianças por todos os lugares, trabalhando, se prostituindo, roubando, se drogando...
Onde isso vai parar?
Confesso que apesar de saber desta realidade, fiquei chocada ao ler este texto, pois há nele muitas nomeclaturas para as crianças, algumas coisas me chamaram muita atenção.
Mas, vou deixá-los ler e tirar suas prórpias conclusões.


--- •○• ---


  • O português falado no Brasil é talvez o mais rico e o mais imoral dos idiomas no que se refere à definição de infância


Os esquimós têm diversos nomes para indicar a neve. Para eles, cada tipo de neve é uma coisa diferente de outro tipo. Para os povos da floresta, cada mato tem um nome específico. Os habitantes dos desertos têm nomes diferentes para dizer "areia", conforme as características específicas que ela apresenta. Para conviver com seu meio ambiente, cada povo desenvolve sua cultura com palavras distintas para diferenciar as sutilezas do seu mundo. Quanto mais palavras distinguindo as coisas que as rodeiam, mais rica é a cultura de uma população.
Os brasileiros urbanos desenvolveram sua cultura criando nomes especiais para diferenciar o que, para outros povos, seria apenas uma criança.
Para poder circular com segurança nas ruas de suas cidades, os brasileiros do começo de século 21 têm maneiras diferentes para dizer "criança". Não se trata dos sinônimos de antigamente para indicar a mesma coisa, como "menino", "guri", "pirralho". Agora, cada nome indica uma sutil diferença no tipo de criança. O português falado no Brasil é certamente o mais rico e o mais imoral dos idiomas do mundo atual no que se refere à definição de criança. É um rico vocabulário que mostra a degradação moral de uma sociedade que trata suas crianças como se não fossem apenas crianças.
Menino-na-rua significa aquele que fica na rua em lugar de estar na escola, em casa, brincando ou estudando, mas tem uma casa para onde ir - diferenciado sutilmente dos meninos-de-rua, aqueles que não apenas estão na rua, mas moram nela, sem uma casa para onde voltar. Ao vê-los, um habitante das nossas cidades os distingue das demais crianças que ali estão apenas passeando.

Flanelinha é aquele que, nos estacionamentos ou nas esquinas, dribla os carros dos ricos com um frasco de água em uma mão e um pedaço de pano na outra, na tarefa de convencer o motorista a dar-lhe uma esmola em troca da rápida limpeza no vidro do veículo. São diferentes dos esquineiros, que tentam vender algum produto ou apenas pedem esmolas aos passageiros dos carros parados nos engarrafamentos. Ou dos meninos-de-água-na-boca, milhares de pobres crianças que carregam uma pequena caixa com chocolates, tentando vendê-los mas sem o direito de sentir o gosto do que carregam para outros.
Sutis diferenças
Prostituta-infantil já seria um genérico maldito para uma cultura que sentisse vergonha da realidade que retrata. Como se não bastasse, ainda tem suas sutis diferenças. Pode ser bezerrinha, ninfeta-de-praia, nina-da-noite, menino ou menina-de-programa ou michê, conforme o local onde faz ponto ou gosto sexual do freguês que atende. E tem a palavra menina-paraguai, para indicar crianças que se prostituem por apenas um real e noventa e nove centavos, o mesmo preço das bugigangas que a globalização trouxe de contrabando, quase sempre daquele país. Ou menina-boneca, de tão jovem que é quando começa a se prostituir, ou porque seu primeiro pagamento é para comprar a primeira boneca que nunca ganhou de presente.
Delinqüente, infrator, avião, pivete, trombadinha, menor, pixote: sete palavras para o conjunto da relação de nossas crianças com o crime. Cada qual com sua maldita sutileza, conforme o artigo do código penal que cabe, a maneira como aborda suas vítimas, o crime ao qual se dedica...
Podem também, no lugar de crianças, serem boys, engraxates, meninos-do-lixo, recicladores-infantis, de acordo com o trabalho que cada uma delas faz.
Ainda tem filhos-da-safra, para indicar crianças deixadas para trás por pais que emigram todos os anos em busca de trabalho nos lugares onde há empregos por bóias-fria, nome que indica também a riqueza cultural do sutil vocabulário da realidade social brasileira. Ou os pagãos-civis, vivendo sem registro que lhes indique a cidadania de suas curtas passagens pelo mundo, em um país que lhes nega não apenas o nome de criança, mas também a existência legal.
Criança-triste
Como resumo de todos estes tristes verbetes, há também criança-triste: não se refere à tristeza que nasce de um brinquedo quebrado, de uma palmada ou reprimenda recebida, ou mesmo da perda de um ente querido. No Brasil há um tipo de criança que não apenas fica ou está triste, mas nasce e vive triste - seu primeiro choro mais parece um lamento pelo futuro que ainda não prevê do que um respiro no novo ar em que vai viver, quando pela primeira vez o recebe em seus diminutos pulmões.
Criança-triste, substantivo e não adjetivo, como um estado permanente de vida: esta talvez seja a maior das vergonhas do vocabulário da realidade social brasileira. Assim como a maior vergonha da realidade política é a falta de tristeza no coração de nossas autoridades diante da tristeza das crianças brasileiras, com as sutis diversidades refletidas no vocabulário que indica os nomes da criança.
A sociedade brasileira, em sua maldita apartação, foi obrigada a criar palavras que distinguem cada criança conforme sua classe, sua função, sua casta, seu crime. A cultura brasileira, medida pela riqueza de seu vocabulário, enriqueceu perversamente ao aumentar as palavras que indicam criança. Um dia, esta cultura vai se enriquecer criando nomes para os presidentes, governadores, prefeitos, políticos em geral que não sofrem, não ficam tristes, não percebem a vergonhosa tragédia de nosso vocabulário.
Quem sabe não será preciso que um dia chegue ao governo uma das crianças-tristes de hoje, para que o Brasil torne arcaicas as palavras que hoje enriquecem o triste vocabulário brasileiro e construa um dicionário onde criança... seja apenas criança

Texto de: Cristovam Buarque


QUE DEUS ABENÇOE E TENHA MISERICÓRDIA DE NOSSAS CRIANÇAS!

PAZ A TODOS OS CORAÇÕES DE AMOR!

6 comentários:

  1. Que triste né Miryam?? São temas tão frequentes em nosso país, quando não ouviremos mais falar deles? Quisera poder ouvir que somos um país que se responsabiliza por nossas crianças e que as acolhe e cuida,afinal são o futuro, são o Brasil de amanhã. Até que ponto somos um país de respeito?
    Ah!Mas infelizmebte somos conhecidos como o país do Carnaval, das bundas e mulheres sexies..o país de belas praias, das favelas, etc..Além de outros adjetivos que nem convém mencionar..
    Bem que possamos eu, você cuidar dos que estão perto de nós, estaremos plantando uma sementinha para diminur tanta mazela...oremos!

    Shalom

    ResponderExcluir
  2. Paz Nair!!!

    É verdade querida! É muito triste né?!

    Mas não podemos perder a fé de que um dia isso irá mudar.

    Um beijo e obrigada pelas visitinhas carinhosas e pelos comentários!!!

    Paz pro seu coração de amor!

    ResponderExcluir
  3. Amiga infelizmente sabemos que TUDO isso e muito mais que acontece em nosso pais é resultado do homem afastado de Deus e quando o homem não teme ao Senhor nem a sua palavra ele é capaz de qualquer coisa. Oremos pelo nosso pais e pelas nossas crianças. Um belo fim de semana.

    ResponderExcluir
  4. O Cristovam Buarque retratou com maestria a verdade brasileira, é muito triste mesmo. Paz mana!

    ResponderExcluir
  5. Bom dia amiga linda!!!
    Infelismente essa é a realidade do nosso país!!!Temos que orar muito.
    Tem 2 selinhso no meu blog para vc , pegue lá..ficarei muito feliz.

    beijinho

    ResponderExcluir
  6. Paz Fabiana, td bem???

    Obrigada pelas visitas e comentários carinhosos!

    Obrigada pelos selinhos tb, mas quais são os selinhos que devo pegar?

    Um bju e paz pro seu coração de amor ♥!

    ResponderExcluir